GNUCASH – Contas – Apresentação em vídeo

Neste vídeo é mostrado como criar um novo plano de contas.

Até o próximo.

Conceitos Básicos da Contabilidade – Outro ponto de vista

O conteúdo deste artigo irá tratar dos seguintes assuntos:

  • Contabilidade com Partidas dobradas
  • Contas de balanço e contas de lucros e perdas
  • Exemplo em vendas e distribuição

Contabilidade com partidas dobradas

O principio básico das partidas dobradas na contabilidade significa que toda transação de negócio é lançada em pelo menos duas contas diferentes (e portanto lançada duas vezes). No caso mais simples apenas duas contas são afetadas.

  • Cada transação é lançada em, pelo menos, duas contas distintas.
  • Lançamentos no débito aparecem sempre à esquerda em um balanço.
  • Lançamentos em credito aparecem sempre à direita em um balanço.
  • Total de lançamentos em débito = total de lançamentos em crédito.

Partidas dobradas na contabilidade

É importante a lembrar neste contexto é ‘Débito à Crédito’.

Isto significa que você deve lançar uma transação no lado de débito de uma conta e necessariamente no lado de crédito de outra.

Princípio básico: o total de débitos lançados é sempre o mesmo que total de créditos lançados, desconsiderando o número de contas afetadas.

Contas de balanço e contas de lucros e perdas

Transações de negócio são lançadas em contas contábeis.

Conforme pudemos observar no artigo das ‘Naturezas de cada um dos tipos de conta‘, no sistema contábil de partidas dobradas é possível separar as contas em diferentes tipos básicos de contas, os quais são divididos em dois tipos de contas:

  • Contas da planilha de balanço (contas de propriedade e contas de capitais e clientes) para as quais estoques e cobranças sobre estes estoques são lançadas.
  • Contas de lucros e perdas (contas de despesas e custos e contas de receitas e vendas), para as quais transações que afetam o patrimônio líquido são lançadas.

A seguinte equação básica é aplicada na estrutura de todas as contas:

Saldo inicial + entradas – saídas = fechamento do balanço

No entanto, nas contas básicas acima são diferentes os lados de lançamento de saldo inicial, entradas, saídas e fechamento de balanço.

Contas de balanço

Contas de Lucros e Perdas

Contas de propriedade (Ativo) Contas de capital e cliente (Passivo) Contas de rendimentos (Receitas) Contas de despesas (Despesas)
  • Créditos são lançados no lado débito
  • Débitos são lançados no lado crédito
  • Créditos são lançados no lado crédito
  • Débitos são lançados no lado débito
  • Créditos são lançados no lado crédito
  • Débitos são lançados no lado débito
  • Créditos são lançados no lado débito
  • Débitos são lançados no lado crédito
Exemplos: Ações, fundos líquidos, instituto bancário, contas a receber. Exemplos: contas a pagar. Exemplo: receita de vendas. Exemplo: custo de materiais, diferença de preço.

Exemplo em vendas e distribuição

Ordem do cliente – condições negociadas na venda: 20 unidades a $15 por unidade

Saída de mercadoria: 20 unidades entregues, preço de custo $10 por unidade

Fatura: 20 unidades a $15 por unidade

Entrada em caixa: $300

Saída de mercadoria
Conta Débito Crédito
Despesa:Estoque Produto Acabado:Utilização do material

200

Ativo:Estoque

200

Fatura
Conta Débito Crédito
Ativo:Contas a receber:Cliente comprador

300

Receita:Venda de item a consumidor

300

Entrada em caixa
Conta Débito Crédito
Ativo:Contas a receber:Cliente comprador

300

Ativo:Ativos Atuais:Conta bancária

300

No exemplo de transações em negócio de vendas e distribuição, um documento contábil é criado no momento na criação da fatura da saída de mercadoria.

No ponto de saída de mercadoria, os materiais deixam fisicamente o armazém. Estes resultados são lançados em contas relacionadas a estoque e a valores. Isto significa que o estoque é reduzido e o uso de materiais é aumentado. O lançamento é, portanto, chamado de “Uso de materiais à estoque”.

No ponto de cobrança, recebíveis são acumulados pelo cliente (na sua respectiva conta contábil) e os aumentos são lançados na conta de receita de vendas. O lançamento é chamado “recebíveis à receita de vendas”.

Se o pagamento é efetuado, o valor da conta de contas a receber é reduzido novamente e o montante entrando é lançado em uma conta de banco. O lançamento é chamado de “banco à recebíveis”.

Lançamento de taxas e tributos foram ignorados com o propósito de simplificar o exemplo.

GNUCASH 2.4.11 – release estável disponível para download

A liberação da versão estável 2.4.11 do GNUCASH foi disponibilizada para download. Esta disponibilização já faz algumas semanas e pode não ser novidade para muitos dos usuários. Está funcionando realmente  bem (inclusive rodando sobre o Windows 8). Recomendo a atualização.

Abraços a todos.

GNUCASH – Controlar Folha de Pagamentos

A folha de pagamento é um registro financeiro de salários, pagamentos líquidos, pagamentos de férias e deduções para um empregado. Este artigo mostra como fazer o rastreamento de folhas de pagamento usando o GNUCASH.

IMPORTANTE: Não é o objetivo do presente artigo a discussão sobre a tributação legal que envolve o pagamento de folha de pagamento, mas sim demonstrar a maneira de manipular estas informações utilizando o sistema. É sempre recomendado que um profissional da área seja consultado para que os procedimentos corretos e aceitos pela lei sejam respeitados.

Conceitos Básicos

Folha de pagamento é basicamente qualquer coisa relacionada a pagamento de benefícios ou dinheiro para um empregado. A folha de pagamento e uma das tarefas mais complexas da contabilidade porque existem muitas maneiras diferentes de contas, pessoas e entidades envolvidas no pagamento de salários.

A folha de pagamento é geralmente contabilizada por uma despesa. Algumas vezes armazenam alguma despesa de folha em uma conta de passivo em curto prazo. Isto é útil para coisas tais como tributos relacionados à folha, os quais devem ser pagos em diferentes tempos a um empregado. O empregado deve ser pago mensalmente enquanto que existem tributos que podem ser pagos em frequências menores. Este artigo apresenta uma metodologia na qual salários de folha são despesas e tributos são armazenados em contas de passivos.

Nota: o GNUCASH não possui um sistema de folha de pagamento integrado. Enquanto são rastreadas informações de despesas de folha no GNUCASH, os cálculos de tributos e deduções devem ser feitos fora do GNUCASH.

Configuração das Contas

A legislação tributária deve ser considerada na configuração das contas. Esta seção apresenta uma estrutura muito simples para pagamento de folha de pagamento.

Assuma que você deve pagar apenas 2 tributos, Tributo1 e Tributo2, e que cada um tem uma parcela de contribuição do empregado e uma do empregador.

O salário do empregado e estes dois tributos são contas de despesas. Os componentes são contas de passivo. As contas de passivo dos tributos são onde você acumula os tributos retidos para todos os seus empregados. Os tributos são pagos mais tarde para os órgãos governais apropriados.

O layout simples para as contas de folha de pagamento:

  • Ativos
    • Conta corrente
  • Passivo
    • Tributo 1 (conta de armazenamento para curto prazo – provisão)
    • Tributo 2 (conta de armazenamento para curto prazo – provisão)
  • Despesas
    • Salários
    • Tributo 1
    • Tributo 2

Nota: resista à tentação de criar uma subconta por empregado para rastrear os salários individuais. Criar uma conta para cada empregado leva a uma grande lista de contas de difícil manipulação. Imagine a estrutura das contas depois de alguns anos e empregados indo e vindo. É muito mais simples manter a folha dos empregados registrada dentro de uma conta simples (Despesas:Salários, por exemplo) e usar um relatório para visualizar as informações dos empregados.

Protocolo

O GNUCASH não tem um sistema integrado de folha de pagamento. A aplicação pode rastrear suas despesas de folha de pagamento, mas você precisa desenvolver um procedimento para desempenhar os cálculos de folha fora do GNUCASH, por exemplo, em uma planilha eletrônica. Nesta seção um procedimento será apresentado. Você pode usar este procedimento simples como um modelo.

Passo 1: lista de deduções

O primeiro passo para o procedimento de cálculo de folha é criar uma lista de todos os tributos e deduções possíveis para cada empregado. Cada lançamento deveria incluir as definições e formulas para calcular cada valor. Uma vez que o procedimento de cálculo está estabelecido alterações serão realizadas apenas quando a legislação de folha de pagamentos ou os tributos sofrerem alterações.

No cenário proposto, temos a seguinte lista de variáveis:

  • SAL_BRUTO_E – salário bruto do empregado
  • TRIBUTO1_E – contribuição do empregado para o Tributo 1 (X% de SAL_BRUTO_E)
  • TRIBUTO2_E – contribuição do empregado para o Tributo 2 (X% de SAL_BRUTO_E)
  • TRIBUTO1_C – contribuição da empresa (companhia) para o Tributo 1 (X% de SAL_BRUTO_E)
  • TRIBUTO2_C – contribuição da empresa (companhia) para o Tributo 2 (X% de SAL_BRUTO_E)

Nota: o salário líquido do empregado (SAL_LIQ_E) é definido como SAL_BRUTO_E = TRIBUTO1_E – TRIBUTO2_E e não precisa ser adicionado na lista uma vez que é composto por itens já existentes.

Coloque as formulas para cálculo de cada dedução da lista. Algumas vezes estas fórmulas são um tanto complexas e algumas vezes eles simplesmente dizem “consulte a tabela XYZ de códigos tributários”.

Note que você pode calcular alguns valores interessantes usando as definições acima. Por exemplo, o valor total do custo para a companhia: SAL_BRUTO_E + TRIBUTO1_C + TRIBUTO2_C

Passo 2: criação do mapa de transações

Quando você registra a folha de pagamento no GNUCASH faça com uma simples transação dividida. Esta transação dividida ‘popula’ as contas de despesa e passivo apropriadas. Se você precisa olhar os detalhes da folha de pagamento mais tarde, abra a transação dividida.

Com a lista de deduções acima, um mapa para transação dividida pode ser gerada. Cada destes itens na lista é mapeado para uma conta no GNUCASH.

Tabela 1: mapa de transações

Conta Crédito Débito
Ativos:Conta Corrente SAL_LIQ_E
Despesas:Salários SAL_BRUTO_E
Passivo:Tributo 1 TRIBUTO1_E
Passivo:Tributo 2 TRIBUTO2_E
Despesas:Tributo 1 TRIBUTO1_C
Passivo:Tributo 1 TRIBUTO1_C
Despesa:TRIBUTO 2 TRIBUTO2_C
Passivo:Tributo 2 TRIBUTO2_C

Note que os componentes TRIBUTO1_C e TRIBUTO2_C têm entradas em ambas as contas de passivo e despesa. O componente de cada tributo referente à empresa é despendido na hora do pagamento da folha, mas permanece como passivo até os tributos serem pagos. (pois nesta hora é que há redução da conta de ativo)

Passo 3: pagar o empregado

Vá até a conta na qual o empregado será pago, por exemplo, a conta Ativos:Conta Corrente. Abra uma transação dividida e entre os valores reais usando o Mapa de Transações acima como guia. Repita para todos os empregados.

Dica: este processo manual é tedioso, especialmente se você tem um grande número de empregados.
Use a funcionalidade de duplicar transações existentes no GNUCASH. Isto economiza tempo na criação das transações, pois não é necessário a digitar novamente os lançamentos. Você ainda precisa alterar os montantes de dinheiro para coincidir com valor real da folha de cada empregado, mas sem precisar construir a transação dividida para cada empregado.

Passo 4: pagar o governo

A ação final a fazer é pagar os tributos ao governo. As contas de passivo listam os tributos para os vários órgãos governamentais e periodicamente você precisa enviar um cheque para o governo para pagar estes gastos. Para fazer isso você simplesmente entra com uma transação de duas contas em (por exemplo) sua conta Ativos:Conta Corrente para abater o valor do passivo do tributo. A transação é entre a conta de conta corrente e a de passivo, nenhuma conta de despesa é envolvida. As contas de despesa são cobradas na hora que o passivo do tributo é gravado.

Exemplo

Usando a configuração das contas apresentada anteriormente, vamos explorar um exemplo. Assuma que existem dois empregados (E1 e E2) os quais recebem $1000 por mês como salário bruto. A contribuição do empregado para os Tributo1 e Tributo2 são 10% e 5% respectivamente. A empresa contribui com 15% e 10% sobre o salário bruto dos funcionários.

Começando com $50k no banco e de fazer qualquer pagamento de folha a hierarquia de contas tem a seguinte aparência:

Configuração inicial para a folha de pagamento

Construindo o protocolo

A lista de deduções para o empregado 1 é:

  • SAL_BRUTO_E – salário bruto do empregado – $1000
  • TRIBUTO1_E – contribuição do empregado para o Tributo 1 (X% de SAL_BRUTO_E) – $100
  • TRIBUTO2_E – contribuição do empregado para o Tributo 2 (X% de SAL_BRUTO_E) – $50
  • TRIBUTO1_C – contribuição da empresa (companhia) para o Tributo 1 (X% de SAL_BRUTO_E) – $150
  • TRIBUTO2_C – contribuição da empresa (companhia) para o Tributo 2 (X% de SAL_BRUTO_E) – $100

Tabela 2: mapa de transações para o empregado 1

Conta Crédito Débito
Ativos:Conta Corrente $ 850 :: SAL_LIQ_E
Despesas:Salários $ 1000 :: SAL_BRUTO_E
Passivo:Tributo 1 $ 100 :: TRIBUTO1_E
Passivo:Tributo 2 $ 50 :: TRIBUTO2_E
Despesas:Tributo 1 $ 150 :: TRIBUTO1_C
Passivo:Tributo 1 $ 150 :: TRIBUTO1_C
Despesa:TRIBUTO 2 $ 100 :: TRIBUTO2_C
Passivo:Tributo 2 $ 100 :: TRIBUTO2_C

Pagando um empregado

Agora entre com a primeira transação dividida na conta de conta corrente para o empregado 1. A transação dividida deve ser parecer como esta:

Transação dividida para o empregado 1

Dica: quando estiver realizando o pagamento do empregado lance apenas o nome do empregado no campo Descrição. Se você decidir usar a funcionalidade de impressão de cheque do GNUCASH, o cheque é automaticamente feito para o empregado correto. Se você quer gravar outra informação além do nome do funcionário na transação, utilize a área de notas, disponível quando a visualização dividida está ativa.

Repita isto para o Segundo empregado o qual deixará o plano de contas parecido com isto:

Arvore de contas depois dos pagamentos dos salários.

Repeat this for the second employee, which leaves the account hierarchy looking like this:

Pagando o governo

As contas Passivo:Tributo 1 e Passivo:Tributo 2 continuam a manter o quanto se deve pagar para os órgãos do governo, responsáveis por cada taxa. Quando for a hora de pagar estes órgãos, faça a transação a partir da conta Ativos:Conta Corrente para as contas de Passivo. Lembrando que nenhuma conta de despesa está envolvida agora. E janela principal das contas deverá se parecer como este exemplo:

Contas depois de pagar o governo.

Contas – Natureza de cada um dos tipos

Cada tipo de conta contábil tem uma natureza, a qual pode causar certa confusão para os que são iniciados e para aqueles que estão aprendendo os conceitos de contabilidade.

O diagrama a seguir ilustra cada uma destas contas e qual a operação que permite aumentar o valor final de cada uma das contas.


Este diagrama mostra que para as contas de natureza débito (Ativos e Despesas), os débitos aumentam o seus valores. Já para as contas de natureza de crédito (Passivo, Patrimônio Líquido e Receitas), os créditos aumentam o seus valores.

Abraços,

GNUCASH – Depreciação (2 de 2)

Esta segunda parte do tema Depreciação traz algumas informações práticas para a manipulação destes dados.

Configuração das contas

Devido às muitas praticas contábeis para depreciação, existem também muitas maneiras de configurar as contas para este fim. Vamos apresentar aqui um método geral que deve ser suficientemente flexível para lidar com a maioria das situações. A primeira conta que você precisa é uma conta de Custo de Ativo (tipo de conta Ativo, no GNUCASH), que é simplesmente onde você grava a compra original do ativo. Normalmente, esta compra é realizada por uma transação de sua conta bancária.

Para manter o rastreamento da depreciação do ativo você necessitará de duas contas de depreciação. A primeira é uma conta de Depreciação Acumulada na qual será coletada a soma de todos os montantes de depreciação e conterá valores negativos. No GNUCASH essa conta é do tipo Ativo. A conta de Depreciação Acumulada é equilibrada pela conta Despesa de Depreciação, na qual toda despesa de depreciação periódica será gravada. No GNUCASH esta é uma conta do tipo Despesa.

A seguir está uma hierarquia genérica para o rastreamento de depreciação de dois ativos, ITEM1 e ITEM2. A conta de Custo do Ativo é equilibrada pela conta de Banco e a conta Depreciação Acumulada é equilibrada pela conta Despesas:Depreciação.

  • Ativos
    • Ativos Fixos (ou Imobilizados)
      • ITEM1
        • Custo (conta de Custo do Ativo)
        • Depreciação (conta de Depreciação Acumulada)
      • ITEM2
        • Custo (conta de Custo do Ativo)
        • Depreciação (conta de Depreciação Acumulada)
    • Ativos Atuais
      • Banco
  • Despesas
    • Depreciação (conta de Despesa de Depreciação)

Uma das características da hierarquia de contas é que prontamente se podem prontamente observar os valores sumarizados dos ativos depreciados. O total da conta Ativos:Ativos Fixos:ITEM1 mostra o valor estimado atual para o item 1, a conta Ativos:Ativos Fixos:ITEM1:Custo mostra o valor total pago pelo item 1, a conta Ativos:Ativos Fixos:ITEM1:Depreciação mostra a depreciação acumulada para o item 1 e, finalmente, a conta Despesas:Depreciação demonstra o total acumulado para todos os itens de seus Ativos.

É certamente possível usar outra hierarquia de contas. Uma configuração popular das contas é combinar as contas do Custo do Ativo e da Depreciação Acumulada. Esta configuração tem uma vantagem de ter menos contas, mas com a desvantagem de determinar alguns detalhes sumarizados mencionados no parágrafo anterior, para isso, deverá abrir a janela de registros da conta.

Atualmente o lançamento dos montantes de depreciação é realizado de forma manual em todo o período contábil. Não existe (pelo menos ainda) uma forma de realizar automaticamente os cálculos de esquemas de depreciação. No entanto, uma vez que o período contábil é anual, não é realmente um grande trabalho fazer isso pelas próprias mãos.

Exemplo

Imagine-se um fotógrafo que usa um carro e uma câmera valiosa para realizar o seu trabalho. Você irá querer rastrear a depreciação destes itens por que você pode provavelmente deduzir a depreciação dos impostos do seu negócio.

O primeiro passo é criar a hierarquia de contas (como mostrado anteriormente, substitua o ITEM1 e o ITEM2 por carro e câmera). Agora, grave a compra de seus ativos pela transferência de dinheiro a partir da conta do banco para a conta apropriada Ativos:Custos de cada item. (ilustrando: a conta Ativos:Custos Fixos:Carro:Custos para os valores relativos ao carro). Neste exemplo, você inicia com $30k no banco o custo do carro é de $20k e a câmera custa $10k e ambos foram comprados em 1/jan/2009.

Janela principal para o exemplo da depreciação do ativo, antes da depreciação.

Utilizando um código de tributação, percebemos que devemos relatar a depreciação destes itens usando o esquema de soma de dígitos, sobre um período de cinco anos. Então, a depreciação anual para o carro será de $6.667, $5.333, $4.000, $2.667, $1.333 arredondados para os anos 1 a 5 respectivamente. Os montantes de depreciação da câmera serão $3.333, $2.667, $2.000, $1.333, $667. Consulte o artigo anterior (GNUCASH – Depreciação 1 de 2) para saber as maneiras de cálculo destes valores.

Para cada período contábil (isto é, ano fiscal) você deve gravar a depreciação como uma despesa na respectiva conta de Depreciação Acumulada (por exemplo: a conta Ativos:Ativos Fixos:Carro:Depreciação). Estas duas janelas abaixo mostram a depreciação acumulada do carro e a janela principal de contas depois do terceiro ano (isto é, três períodos) usando o esquema de depreciação por soma de dígitos.

A janela de registros da depreciação do ativo

A janela principal da depreciação do ativo.

Nota: cautela – depreciação e impostos são intimamente ligados, pode não ser sempre uma escolha arbitraria o método escolhido. A utilização de cálculos errados pode acarretar maiores custos de recurso de tempo que se for adotada maneira correta na primeira vez, então se você planeja depreciar ativos, é prudente ter certeza dos esquemas que serão permitidos e necessários.

GNUCASH – Depreciação (1 de 2)

Neste artigo nós introduziremos o conceito de depreciação na contabilidade e daremos alguns exemplos reais para o uso.

Conceitos básicos

Na contabilidade, a depreciação é o método para quantificar a compra de capitais ao longo do tempo. De acordo com material publicado pelo departamento de patrimônio do TJPR (http://www.tj.pr.gov.br/depat/dcp/depreciacao.htm) depreciação é a diminuição do valor dos bens tangíveis ou intangíveis, por desgastes, perda de utilidade por uso, ações da natureza ou obsolescência. Podemos também entender como sendo o custo ou a despesa decorrente do desgaste ou da obsolescência dos ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações).

Ao longo do tempo, com a obsolescência natural ou desgaste com uso, os ativos vão perdendo valor (haja vista o carro 0 km tirado a um ano da concessionária), essa perda de valor é apropriada pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor, em termos teóricos, reduzido à zero.

A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção será alocada como custo, por sua vez, os ativos que não forem usados diretamente na produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa.

Existem duas razoes as quais faz você querer registrar as depreciações; você está fazendo a contabilidade das suas finanças pessoais e gostaria de manter o controle de seu patrimônio líquido ou você está fazendo a contabilidade para um pequeno negócio e tem a necessidade de criar um balanço financeiro a partir do qual você planejar as restituições de impostos.

O método de gravação da depreciação é o mesmo em ambos os casos, mas o objetivo final é outro. Discutiremos aqui a diferença das duas, mas antes, vamos analisar a terminologia.

  • Depreciação acumulada: o total acumulado da depreciação tida sobre o tempo de vida de um ativo.
  • Depreciação contábil: é o montante de depreciação que você grava em seus extratos financeiros por período contábil.
  • Valor (justo) de mercado: o montante pelo qual um ativo deveria ser vendido em um dado tempo.
  • Valor líquido contábil: é a diferença entre o custo original e a depreciação em um dado tempo.
  • Custo Original: este é o montante que um ativo custa para ser comprado. Inclui qualquer custo para se obter o ativo dentro de uma condição na qual você pode usá-lo. Por exemplo, transporte, custo de instalação, treinamento especial.
  • Valor residual: é o valor que você estima para que o ativo possa ser vendido no fim do tempo de vida, para você.
  • Taxa de depreciação: é o montante de depreciação que se toma para propósitos de tributos.

Finanças pessoais

Em finanças pessoais a depreciação é usada para reduzir periodicamente o valor de um ativo para fornecer a você uma estimativa mais acurada do patrimônio liquido atual. Por exemplo, se você adquiriu um carro, você pode acompanhar o valor atual calculando a depreciação todos os anos. Para realizar isto, você grava a transação de compra de um ativo e então grava as despesas com depreciação a cada ano. Isso resultaria no valor contábil líquido que é aproximadamente igual ao valor justo de mercado do ativo no final do ano.

Depreciação para finanças pessoais não tem incidência de imposto, é simples usado para ajudar a estimar o valor do patrimônio líquido. Devido a isso, não há regras de como você faz a estimativa de depreciação, use o bom senso.

Para que então você deve estimar a depreciação de ativos? Por que a ideia de depreciação para as finanças pessoais é dar-lhe uma estimativa de seu patrimônio pessoal, portanto você só precisa controlar a depreciação de ativos de valor notável os quais você poderia vender, tal como um carro ou de barco.

Negócios

Ao contrário de finanças pessoais onde o objetivo é o acompanhamento de valor do patrimônio pessoal, para negócios a preocupação é com a correspondência os custos de compra de bens de capital com a receita gerada por eles. Isto é feito através de depreciação contábil. As empresas também devem se preocupar com as leis fiscais locais cobrindo a depreciação de ativos. Isto é conhecido como depreciação tributável. A empresa é livre para escolher o regime que quer registrar a depreciação contábil, mas o esquema utilizado para a depreciação fiscal é fixo. Mais frequentemente, isso resulta em diferenças entre a depreciação contábil e a depreciação tributada, mas medidas podem ser tomadas para reduzir estas diferenças. Não é o objetivo de este artigo discutir estas diferenças.

Por que compras devem ser contabilizadas? Se você espera que um item compra ajude você a aumentar as receitas no ano atual, você deve o contabilizar. Por exemplo, terrenos, imóveis, equipamentos, automóveis e computadores – desde que comprados para uso comercial, devem ser contabilizados. Não devem ser incluídos itens de consumo de estoque, que são inventariados, pois a intenção de compra destes itens é a revenda.

Além da compra do bem em si, quaisquer custos associados com a obtenção do ativo em uma condição que você possa usá-lo devem ser capitalizados. Por exemplo, se você compra uma peça de um equipamento e ela precisa ser enviada de fora da cidade ou então algum trabalho de instalação elétrica precisa ser feito para que você possa produzir com a máquina ou algum treinamento especializado é necessário para que você saiba operar a máquina, todos esses custos seriam incluídos no custo do equipamento.

Você também precisa saber o valor residual estimado do ativo. Geralmente, isso é assumido como sendo zero. A ideia por trás é saber o valor de revenda que o ativo será depreciado até que o valor contábil líquido (depreciação menor custo) seja igual ao valor residual. Então, quando o ativo é baixado, você não terá um ganho ou perda resultante da alienação do ativo.

O último passo é determinar o método de depreciação que você deseja usar. Isto será discutido mais adiante.

Nota: Atenção – Esteja ciente de que o conteúdo que este artigo pode simplesmente oferecer são algumas das ideias base para ajudar você a aplicar sua politica fiscal de depreciação ‘favorita’. A aderência com a legislação deve ser considerada e respeitada.

Avaliação estimativa

A questão central com depreciação é determinar como você vai estimar o valor futuro do ativo. Em comparação com as estimativas incertas de valores, estamos aqui em terreno um pouco mais firme. Usando fontes listadas abaixo devem torná-lo bastante adiantado para estimar o valor futuro de seus bens depreciando.

Esquemas de depreciação

Um esquema de depreciação é de um modelo matemático de como um ativo será contabilizado ao longo do tempo. Para cada ativo que sofre depreciação, você precisa decidir sobre um esquema de depreciação. Um ponto importante a ter em mente é que, para efeitos fiscais, você terá a depreciar seus ativos a uma determinada taxa. Isso é chamado de depreciação tributável. Para fins de demonstração financeira você é livre para escolher o método que você deseja. Esta é a depreciação contábil. A maioria das pequenas empresas utiliza a mesma taxa de impostos e depreciações contábeis. Desta forma, há menos diferença entre o lucro líquido das demonstrações financeiras e sua renda tributável.

Apresentaremos três esquemas de depreciação populares: linear, geométrico e soma de dígitos dos anos. Para facilitar o exemplo vamos assumir que o valor residual dos ativos será zero.

  1. Depreciação linear diminui o valor de um ativo por um valor fixo a cada período até o valor líquido alcance o zero. Este é o método mais simples para cálculo se você estima um tempo de vida útil e simplesmente divide o custo igualmente ao longo do tempo.

    Exemplo: você comprou um computador por $1500 e deseja o depreciar no período de 5 anos. A cada ano o montante da depreciação é de $300, seguindo o seguinte cálculo:

Tabela 1: exemplo de esquema de depreciação linear

Ano

Depreciação

Valor restante

0

1500

1

300

1200

2

300

900

3

300

600

4

300

300

5

300

  1. Depreciação geométrica o ativo é depreciado pela porcentagem fixa sobre o valor. Neste esquema o valor de um ativo diminui exponencialmente deixando um valor no final que é maior que zero (ou seja: um valor de revenda).

    Exemplo: tomemos o mesmo exemplo acima, com uma taxa anual de 30%.

Tabela 2: exemplo de esquema de depreciação geométrica

Ano

Depreciação

Valor restante

0

1500

1

450

1050

2

315

735

3

220,50

514,50

4

154,35

360,15

5

108,05

252,10

  1. Soma dos digitos é um esquema de depreciação similar a depreciação geométrica, exceto que o valor do ativo alcança o valor zero no final do período.

    Exemplo: primeiro você divide o valor de um ativo pela soma dos anos de uso, para o exemplo acima, usamos o período dos 5 anos, então 1500/(1+2+3+4+5)=100. A depreciação do ativo é dada pelo seguinte cálculo:

Tabela 3: exemplo de esquema de depreciação soma dos dígitos

Ano

Depreciação

Valor restante

0

1500

1

100*5=500

1000

2

100*4=400

600

3

100*3=300

300

4

100*2=200

100

5

100*1=100

0